domingo, 17 de fevereiro de 2008

Parece que o cartel telefônico vai ter um fim. Ou ao menos uma enfraquecida. Nesta quarta feira entra em vigor a resolução que, todos esperam, beneficiará os usuários de telefonia celular. Finalmente o consumidor ganha uma das batalhas mais disputadas dentro do ramo de prestações de serviço. Algumas modificações como o desbloqueio gratuito na compra de aparelhos em valor de mercado vem bem a calhar (ninguém mais agüentava aqueles gordinhos cantando “quem ama bloqueia”).

A resolução veio tarde. Há tempos que o consumidor reclama das operadoras de telefonia. É o papo mais usado para quebrar gelos: “Esse meu celular é uma bosta mesmo!”, “To loco pra troca logo pra outra. Parece que tem uma promoção nova!” Não havia quem não concordasse, pois não havia empresa que não estivesse causando impressões diferentes. Tocávamos porque estava ruim, mas a próxima não necessariamente estava melhor, apenas oferecia algo que a outra não oferecia. Depois de um tempo descobrimos que a que estamos não oferece o que a outra oferecia antes e trocamos de novo pra mesma ou para outra (hoje tem tanta). Dá até para se fazer uma comparação com o homem que troca a mulher pela amante e descobre que a primeira era melhor. Lógico que nesse caso a mulher não aceita o consumidor de volta, mas no nosso caso são todas amantes mesmo, só que do dinheiro.

Talvez se juntássemos as operadoras todas em uma só desse certo. Ficaríamos com tudo de bom que elas oferecem em uma operadora só já que os problemas são os mesmos em todas ao menos as vantagens se acumulariam. Loucura ou não esse é um caso onde a livre concorrência não beneficia o consumidor. Trocar seis por meia dúzia nunca foi sinônimo de bom negócio. Tudo bem que pra mal não sirva, mas perder aqui pra acrescentar ali não gera fruto nenhum.

Por fim essa é apenas uma batalha ganha. Quem sabe um dia não lançam também resoluções para cartões de crédito, editoras, empresas de luz água e esgoto, governo...
Quem sabe né. Sonhar não custa nada!